Eu tenho uma segunda parte de um texto sobre cónicas parcialmente escrito no meu blog Z0nα Exact4.
Não está publicado porque não está completo. Inicialmente eu ia escrever algumas demonstrações, mas mudei de ideias.
Propus como exercício. O que se passa é que tenho algumas fichas de trabalho de alguns sítios diferentes onde essas demonstrações são propostas como exercício.
Eu já tive, em explicações, alunos que 'não raciocinam', memorizam.
Memorizam 'exercícios tipo', demonstrações, até copiam para pdfs e partilham nas suas drives online.
Eu passei a adoptar a filosofia: "dou a ideia, faz tu."
E... "a montanha pariu um rato". Para além de memórias 'impressionantes', não há ali capacidades que já era suposto terem.
Isto de 'memória impressionante' também tem algo que se diga.
Há pessoas que se dizem incapazes de memorizar a fórmula resolvente (de equações algébricas de segundo grau) mas memorizam letras de canções, poemas e até todas as falas de um filme de duas horas.
Alguém que memoriza isto, não memoriza a fórmula resolvente?
Deixem-me lá dizer o óbvio: é um problema de motivação.
A verdade é que precisamos de um meio termo. Memória e raciocínio.
A memória treina-se. Há truques. Mnemónicas.
Quando eu estava no 10° ano e a professora de CTV (Ciências da Terra e da Vida) me disse que eu tinha de saber de cor os ciclos de Calvin e Krebs, eu levei as mãos à cabeça. "Eu nunca vou memorizar isto."
Mas afinal memorizei. E também memorizei a tabela periódica. Porque tinha de o fazer.
A memória é 'uma cábula legal', que consegue treinar-se
Só que, há coisas que não devem ser memorizadas. Devem ser feitas raciocinando.
Hoje em dia temos a 'Inteligência Artificial', que não tem os mesmos princípios que eu e até oferece-se para fazer o meu trabalho por mim.
Aquilo que não se usa, atrofia, e por isso, costumo agradecer nas recusar esse tipo de oferta.
Ao escrever num blog, se tenho noção que o que ali escrevi pode ser plagiado para um trabalho de casa ou uma tese, 'deixo buracos' para serem preenchidos pelo leitor.
... não estou a sugerir que boicotem a inteligência artificial. Estou a sugerir que invistam na vossa própria inteligência real. Não é a mesma coisa.
O texto sobre cónicas levou um corte nas demonstrações e começou a parecer um mero e seco formulário. Não gosto de como está.
Fórmulas requerem LaTeX, que não é o que mais gosto de usar num smartphone. Usar, uso, como viram no post anterior (aquele do $ 52!$ )
No caso das hipérboles, quero usá-las como pontapé de partida para definir as funcões hiperbólicas. Por isso, preciso que aquela parte do texto de cónicas esteja clara.
Isto de definir as funções hiperbólicas a partir de uma hipérbole, fiz uma vez em papel.
Guardei, mas ficou tão bem guardado que não sei onde está.
Vou ter de o refazer para o blog.
É um exercício giro, e sem riscos porque, nunca o vi feito noutro lado nem a ser pedido em ficha nenhuma de exercícios.
Penso que não corro o risco de estar a fazer o trabalho de preguiçosos.
Com dores, calor, e uns extras que não vou contar (o leitor não tem de saber de tudo, tem?) e não havendo um prazo real, o texto vai sendo adiado.
Mas deve ficar pronto um dia. Até porque eu gosto mesmo das cónicas.
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